quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Lei Áurea

Rafael.


Aproveitando a situação, a Inglaterra, movida pelo desejo comercial, passa a fortalecer o pensamento da abolição, criando sérios problemas para o governo. Entretanto, os ingleses usavam a causa humana como poder político em benefício de interesses econômicos. Sufocado, o governo provisório da Princesa Isabel cede, assinando a Lei Áurea, acabando com a legislação da escravidão no Brasil, em 13 de maio de 1888. O fim da escravidão no Brasil não significou uma ação de bondade por parte do governo. Resultou da soma das pressões internas e externas. A Lei Áurea, na verdade, livrara o negro da escravidão legalizada, mas não lhe ofereceu recursos para se livrar da dependência econômica e financeira. Mais uma vez, os benefícios caíram nas mãos do governo e dos senhores, que não o recompensaram do trabalho prestado ao longo de sua vida, nem lhe garantiram o engajamento na sociedade, como defendeu o pesquisador de assuntos afro-brasileiros Edilson Carneiro, ao tratar da Lei Áurea: "foi a pior de todas as leis sobre o negro, pois só contribuiu para a marginalização dele". A presente situação do negro, na segunda nação negra do mundo, reflete a verdadeira realidade do passado.

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