Lorrane.
Em 1870, o Brasil era o único país que adotava o regime de escravidão. O governo sofria sérias pressões externas. Para amenizar a situação, foi aprovada a Lei Rio Branco, conhecida como Lei do Ventre Livre (1811), visando a liberar todos os filhos de escravos nascidos a partir da sua aprovação. A propósito, toda essa farsa não passava de um engodo para beneficiar o patrão, já que os filhos do escravo continuavam mesmo sob sua tutela ou do Estado, prestando serviços da mesma forma. Essa lei interrompeu o ciclo de manifestações abolicionistas, por algum tempo. Mais tarde é reativado o movimento quando o deputado baiano Jerônimo Sobrê cobra dos abolicionistas maior empenho. Isso resulta no surgimento, no Rio de Janeiro, da Sociedade Brasileira Contra a Escravidão e do jornal "O Abolicionista". Em São Paulo, o movimento se multiplica, enquanto os jornalistas antiescravistas estampavam manchetes a favor do escravo. Terminada a guerra do Paraguai (1870), os militares aderiram às propostas abolicionistas, tornando-se o Marechal Deodoro da Fonseca o mensageiro de um manifesto ao governo, pondo fim à colaboração que prestavam na captura dos negros fugitivos. Essa atitude ocultava outros interesses, não passando de uma provocação dos militares à monarquia, pois, pouco tempo depois, Deodoro proclamava a República.
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