quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Genner Zimbawe
ZIMBABWE: Profissionais da saúde seropositivos unidos contra o estigmaHARARE, 22 Fevereiro 2007 (PlusNews) - Trabalhar em um local lotado, com péssimas estruturas e falta crônica de medicamentos, é extremamente ruim para um profissional médico. Além de tudo isso, ser descriminado pelos colegas por ter HIV, pode ser insuportável.Em resposta, o grupo Sindicato de Activistas HIV e Sida do Zimbabwe (ZHAAU, no inglês), dirigido por 15 médicos e outros profissionais de saúde seropositivos, saiu em defesa na última semana na capital, Harare, dos trabalhadores da saúde que têm HIV.Bernard Nyathy, presidente interindo do ZHAAU e consultor para HIV/Sida no Hospital Parirenyatwa em Harare, confirma ser vítima de preconceito."Alguns colegas não usam os mesmos utensílios que eu. Trazem seus próprios copos e pratos... Alguns preferem nem usar a cantina”, diz Nyathi ao PlusNews.Não há estudos sobre a seroprevalência no sector da saúde do Zimbabwe, mas com uma seroprevalencia de 20.1 por cento, segundo as Nações Unidas, a preocupação de uma possível carência de profissionais de saúde em decorrência da Sida é enorme.Segundo Nyathi, nas próximas semanas, representantes do ZHAAU se reúnem com o Ministro da Saúde e do Bem-Estar da Criança, David Parirenyatwa.O estigma nos locais de trabalho e o acesso a antiretrovirais para os membros do ZHAUU estarão entre os temas abordados.Zimbabwe sai-se bem em matéria de saúde apesar de sanções27-Ago-2005O sistema de saúde do Zimbabwe está "melhor do que previsto" com medicamenos essenciais vendidos a preçosrazoáveis e acessíveis nos hospitais e nos centros de saúde, particularmente em zonas rurais, apesar do êxodo dopessoal médico qualificado e das sanções alvejadas por certos países ocidentais, declarou quinta-feira em Maputo oministro zimbabweano da Saúde David Parirenyatwa."Apliquemos o princípio da lista de medicamentos essenciais distribuindo medicamentos contra o paludismo, a asma, ahipertensão e analgésicos e, em geral, o nosso sistema de cuidados médicos está melhor do que previsto", disse àPANA Parirenyatwa à margem da 55ª reunião do Comité Regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) que decorrena capital moçambicana desde segunda com o termino previsto para sexta-feira.O Zimbabwe é objecto das chamadas "sanções inteligentes" por parte dos Estados Unidos e dos países europeus queacusaram o governo do Presidente Robert Mugabe de violações dos Direitos Humanos nasequência da sua política controversa de confisco de fazendas dos brancos a favor de milhões de negros sem terraspara cultivar.No quadro destas sanções, o Zimbabwe não pode importar medicamentos de certas firmas farmacêuticas internacionais.Mas o ministro zimbabweano declarou que o seu país desbloqueou a situação criando uma Sociedade FarmacêuticaNacional que importa medicamentos para os seus hospitais e suas estruturas sanitárias."Concluímos acordos com países como Cuba que possui 300 médicos no Zimbabwe, na RD Congo e no Egipto, parareforçarmos o nosso sistema sanitário e fazermos face à 'caça furtiva' do nosso pessoal médico pelos paísesdesenvolvidos", disse Parirenyatwa.Reconhecendo que a emigração dos quadros médicos qualificados é um problema grave no seu país que, só numasemana, perdeu 27 famacêuticos a favor do Reino Unido, o minisro frisou ter resolvido oproblema com a formação de "quadros genéricos", nomeadamente enfermeiros e parteiras, técnicos de laboratório eespecialistas em higiene ambiental.Sublinhou que estes agentes sanitários recebem uma formação intensiva de dois anos e são enviados imediatamenteaos hospitais distritais e provinciais que carecem do pessoal médico.Para travar o êxodo dos trabalhadores da saúde, o ministro zimbabwano afirmou que o seu país acaba de se dotarduma Comissão de Serviços Sanitários encarregue de observar se os salários e as condições de trabalho dostrabalhadores são melhores do que os de outros funcionários.No tocante ao HIV/Sida, Parirenyatwa indicou que o Zimbabwe é um dos raros países que agora fabricammedicamentos antiretrovirais para as pessoas portadoras do vírus da sida."Cerca de 700 mil dos um milhão e 500 mil pessoas infectadas neste país de 12 milhões de habitantes precisam destesmedicamentos de importância vital que doravante são fabricados pela firma VARICHEM", revelou, acrescentando que ataxa de prevalência baixou consideravelmente de 31 por cento em 200 para 24 por cento em 2003 e para 21 por centoeste ano."Mas esta cifra continua elevada e trabalhamos no sentido de pararmos a progressão desta doença", sublinhouParirenyatwa.Falando do paludismo, o ministro zimbabweano da Saúde indicou que a sua prevalencia baixou 20 por cento no paísgraças à recurso do DDT (dicloro difenil tricloroetano).Interrogado sobre as implicações sanitárias das controversas operações de demolição de construções anárquicas levadas acabo pelo governo zimbabweano, o ministro desmentiu o relatório da ONU segundoo qual 700 mil pessoas foram afectadas por esta operação."No auge da operação Murambatsvina (restauro da ordem), o número de pessoas deslocadas em Harare era de cincomil, ao passo que nos dois campos contavam-se menos de cinco mil pessoas, indicou Parirenyatwa.Penso que se pode falar duma cifra compreendida entre 65 mil e 70 mil pessoas, não sei onde os outros foram buscar acifra de 700 mil", disse.Zambézia Onlinehttp://www.zambezia.co.mz Site desenhado pela Maximum Consult! Produzido em: 1 October, 2008, 18:28Justificou porém esta operação pelas "construções ilegais que brotavam como cogumelos e pelos consequentes delitoseconómicos, como o mercado negro e armazenamento de mercadorias".Ao refutar as alegações de que esta campanha só visava os feudos da oposição, o ministro zimbabweano disse ser precisodescongestionar as zonas residenciais, particularmente nos bairros de forte densidade demográfica.Na sua intervenção durante a reunião do Comité Regional, Parirenyatwa falou da crise fundiária no Zimbabwe,sublinhando que a pobreza está na base da fraqueza do sistema sanitário de África.Como solução, ele sugeriu que o povo se torne autónomo no plano económico graças à agricultura.Para Parirenyatwa, é preciso dar ao povo "sementes para cultivar permitindo-lhe procurar no solo o petróleo, o diamantee outros ricos recursos em vez de ficar com poços vazios depois das multinacionais estrangeiras ter explorado osminerais e o petróleo".
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2 comentários:

carlos fernandes disse...

resuam o texto.carlos

carlos fernandes disse...

correção:resuma o texto.carlos