Kamila
Pouco se está a fazer para providenciar tratamento e cuidados aos trabalhadores agrícolas zimbabweanos que vivem com HIV/Sida desde que o governo lançou o seu programa controverso de redistribuição rápida da terra, em 2000.O caótico programa de reforma e uma série de graves secas aprofundaram a vulnerabilidade dos trabalhadores agrícolas que ainda trabalham.Na Fazenda Bryne, cerca de 55 km a oeste da capital, Harare, Lloyd Munapo*, 39 anos, foi diagnosticado HIV+, em 2001. Ele já não pode trabalhar mais e para sobreviver depende da sua esposa Anna. Ela também é seropositiva, mas ainda consegue trabalhar.“Se ela ficar aqui em casa cuidando de mim, vamos os dois morrer de fome. O médico disse-me para seguir uma dieta saudável, por isso somos obrigados a trabalhar para tal a todo o custo,” disse Munapo. Devido às elevadas taxas de mortalidade nas fazendas, os proprietários agora dão o mínimo de folga possível para enterrar os entes queridos ou até mesmo cuidar dos doentes, afirmou o presidente em exercício da União dos Agricultores do Zimbabwe (ZFU), Jabulani Gwaringa.“Isto agora é muito comum na maioria das fazendas. Se lhes dermos um dia inteiro a produção é prejudicada. Hoje em dia, só um reduzido número de trabalhadores é que vai ao funeral, os restantes continuam a trabalhar,” disse Gwaringa, proprietário duma fazenda na província de Mashonaland do Este.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
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